segunda-feira, 9 de outubro de 2023

Imagens falam mais do que palavras (26-jun-2013 09:14 quarta-feira)

Ás vezes isso é verdade.
Mas imagens que vem com explicação ficam incríveis. A estória por trás da imagem pode ser um complemento poderoso para aumentar a força do que vemos.

É assim com esta imagem.
Ela já é incrível pela força da Natureza.

Monte Bromo, Um Vulcão Ativo Em East Java, Indonésia Foto de Stock - Imagem  de montagem, escalar: 86814108

Saber onde foi torna mais mágico.

No sopé do Monte Bromo, um vulcão ativo na ilha de Java, já famosa por seus espetáculos de fogo e areia, e lava e explosões. Lá tem um templo, no meio das brumas...

Que coisa mais incrível.

Amei saber disso...amei ver isso.

 (A foto original perdeu-se com a infestação de vírus... coloquei uma imagem do Monte Bromo.

Jornadas não lembro o número (25-06-2013 18:01 terça-feira)

Pôxa, quem estiver na França, dá um pulo na Fundation Cartier. A exposição foi prolongada para novembro... demais de amazing.

Hyperréalisme à Paris : l'exposition Ron Mueck en 5 œuvres hallucinantes
Estão com uma amostra do escultor australiano hiperrealista Ron Mueck.

Ron Mueck: de uma infância com marionetes a esculturas hiper-realistas -  ISTOÉ Independente
Incrível, sabia??
ARTISTA DO DIA - Ron Mueck

Miniaturas ou gigantes, estas estátuas chamam a atenção pela perfeição dos detalhes.

Vai dar uma espiada no site da Fundação bem aqui!

Dia anormal "da roça" (25-06-2013 17:53 terça-feira)

 Dia anormal "da roça"

Dias comuns de roça. Será?? Acho que nem tanto.

Acordei cedo. Levei marido para a rodoviária. Fui até o shopping. Comprei blusa numa oferta imperdível. Fui ao banco pagar contas, transferir a mesada do enteado, pegar os talões de cheque.
Dei um pulo em Monteiro para comprar a ração dos meus filhos, ou saindo do ridículo, daquilo que eu considero mais perto de amor de filho: meus animais, afinal, são eternas crianças.
Depois, São Francisco Xavier, no depósito de material de construção. Comprei as buchas e parafusos que eu precisava..bem, eu não. Mas o Rodrigo, que está fazendo umas reforminhas aqui em casa, pediu que comprasse os tais parafusos, com bucha e tudo.
Saí do depósito e fui para a Quitanda, onde comprei minhas frutas para esta semana. Conversei indignada com a dona do sacolão versão roça, a Gislaine, (lugar agradável, sempre limpo, amplo, cheio de coisas frescas, atendimento personalizado, com gente linda e simpática)..indignada porque mostrei minha carta recebida da VIVO (ver meu post  aqui no blog) e disse a ela que iria conversar com o  Sub Prefeito.

E assim dito, assim feito. Fui falar com o Ricardo, que não estava na prefeitura. Estava numa reunião, e de tarde teria outra reunião.... Mas eu preciso conversar com ele. Então eu tiro uma cópia de sua carta, entrego para o Ricardo assim que ele chegar. Pode me dar seu telefone que ele retorna. Sério?? Dei meu telefone.

E ele ligou. Implorei por um orelhão na roça. Aqui o povo anda muuuuito para poder telefonar. Não é todo mundo que tem celular, embora eu acredito que o motivo mesmo da turma não ter celular é que a região aqui não tem antena legal, então é muito difícil pegar celular. Então eles até tem o aparelho que funciona muito bem obrigada em toda parte, menos na casa onde se mora. E onde seria importante ter um telefone que funcione.

Você não acha??

Eu recebi uma promessa. Com tantos protestos, receber mais uma promessa é acreditar na mudança, não é??

Dei as porcas e parafusos.
Depois falei com o serralheiro.
Vai fazer uma grade de ferro em volta da varanda...afinal, não quero netinhas andando por aí, despencando morro abaixo, afogando na piscina...então, grade na varanda.

Hoje limpei a piscina.

Viu algo de roça??
Eu também não...

Muda Brasil (22-06-2013 17:47 sábado)

Bom, o blog original estava todo bichado, mas havia um link direcionando para www.itapevatimes.com.br - site que já não existe.

Mas, este daqui existe: https://www.imbra.org.br/

E o slogan deles é "Muda Brasil"


O dia que fui abduzida (15-06-2013 12:10 sábado)

Ufa... sentada hoje navegando na net com um café quentinho para esquentar no frio da roça bem cedinho, me deparei com algo, e eu ainda não sei o que exatamente, que me fez lembrar um acontecido, há 40 anos atrás, comigo. Foi uma viagem psicológica, vamos dizer assim..algo visivelmente criado pela minha mente.
 

Eu deveria ter uns 8 ou 9 anos. Havia brigado com minha irmã por besteira, mas o mundo naquela hora havia se transformado em algum lugar muito nervoso para viver. Como todas as besteiras que provocam brigas, eu não me lembro que besteira era. Minha irmã entrou na casa da rua Princesa Leopoldina e eu fiquei na calçada, decerto balbuciando impropérios para a mana mais nova.

Aí eu não lembro muita coisa..me sentei na escada que levava para o hall de entrada, com suas enormes portas de vidro e devo ter adormecido. Lembra de um episódio do Dr.House, quando ele começou com alucinações e não sabia mais diferenciar o que era falso do real? Então, eu entrei em alguma zona mental assim, eu acho...

... Porque eu adormeci, eu acho. Eu estava deitada nas pedras São Tomé, grandes e quentes da escada, e a luz veio de cima, de um pequeno disco dourado que sobrevoava a minha casa.. Como seu eu fosse uma observadora externa (porque a partir desta luz, eu me via mas sentia tudo o que "eu sentia" dentro do corpo da menina..sabe??), vi quando o facho de luz iluminou meu corpo deitado e o transportou para cima, como num teletransporte...como nos filmes de abdução. Mas imediatamente após puxar o corpo, a luz desapareceu e o corpo estava lá, deitado, na mesma posição de quando subiu.

Vi quando eu acordei olhando para cima, sem ver nada. O disco não estava mais lá, e obviamente foi um sonho passageiro, vivido como real naqueles segundos de apagão. Me levantei e subi o resto dos degraus, estranhando encontrar a porta de vidro fechada com chave. Não havia ouvido minha mãe ou meu pai trancar a porta, mas acho que foi porque eu dormi... Bati na porta, que estava trancada mesmo.

Nada. Desci e apertei a campainha. Era alta e dava para ouvir do lado de fora. Era ruim, porque minha casa era passagem de escola e aí já viu..dezenas de meninos apertavam a campainha e ficavam escutando ela apitar como sirene de bombardeio aéreo. Quando minha mãe chegava na janela, eles corriam felizes com a traquinagem.

Meu pai apareceu na mureta que havia antes do hall. Parávamos lá para observar quem tocava a campainha. Como as portas eram de vidro, minha mãe colocou plantas, numa época, para disfarçar nossas cabeças entre as folhagens para não sermos vistos. Esta tática materna me fazia sentir ridícula, olhando entre folhas a pessoa lá fora que por sua vez, fazia esforço para achar alguém entre as folhagens..kkkkkk

A chave girou. A porta abriu, e a pergunta que eu ouvi me desconcertou:

"-Pois não, menina, o que você quer? Está perdida?
-Pai??"

Ele se abaixou para ficar na minha altura. Não fez menção de sair e vir até mim. Ficou na soleira, parado, com cara de dó.

"-Você não sabe onde está?"

Eu não me lembro se eu falava algo diferente de pai, pai, pai, ficando cada vez mais nervosa por ver que ele estava me ignorando, brincando que não me conhecia mais.

Meus olhos foram até a direção da mureta. Vi minha irmã, com uma roupa de bailarina rosa, com enormes fitas rosas na cabeça. Quando foi que ela ganhou esta roupa?? Que laços eram aqueles?? Que vestido estranho, que eu nunca havia visto..e por que eu não ganhei um igual???

Digressão: minha mãe não era nenhuma maluca, e não criou Normam Beates por ai.... mas quando éramos pequenas, minha irmã e eu recebíamos dos pais roupas iguais.. ela de uma cor e eu de outra. Então porque eu não ganhei uma roupa daquelas?? Por que só a Paula ganhou uma roupa rosa de bailarina??

Minha mãe veio até a porta. Eu pensei que ela me reconheceria, mas não. Ficaram os três, na soleira da porta, me oferecendo um prato de comida ou ajuda para encontrar meus pais, enquanto meu desespero aumentava até quase desmaiar de medo.

Foi assim que eu acordei, com minha mãe na porta perguntando se eu estava bem??

Perigo, perigo, perigo (13-06-2013 10:12 quinta-feira)

Aqui não vale muito ter medo.

Não tem para onde correr, nem se virar para esconder...
Em toda parte, até onde você menos espera, vai encontrar algo que desperte esse sentimento. É inevitável.. :D

Mas não é medo de gente, heim?? Medo de gente se tem em toda parte, porque gente é capaz de fazer tudo e qualquer coisa por nada. Falo do medo de coisas que não conhecemos, falo do medo de insetos estranhos, por exemplo, que não se vê na cidade... são seres diferentes, espaciais alguns... E dão medo!!

Sei disso por experiência própria.

Urbanóide acostumada a ter a casa absolutamente limpa, livre de insetos que deixam rastros gosmentos, que defecam, que vivem suas vidas sem pensar em humanos... insetos em casa urbana é sinal de sujeira, de desleixo.

A boa dona de casa usa desinfetantes, produtos e aerosol para limpar e manter sua casa livre de insetos... mas só contra os insetos.

Por aqui eu estou me acostumando á toda essa fauna e flora que vou conhecendo.
Sei que no mundo existem 7 bilhões de toneladas de insetos... acho que os humanos e os insetos vão povoar o planeta como praga...aliás, a praga já esta instalada há muito tempo, não é?? Mas não falo agora dos insetos. :D

Ontem fui procurar meus óculos.
Eu sabia que havia tirado no banheiro de baixo (meu banheiro esta com a resistência queimada e eu ainda não tive coragem de subir numa cadeira e tirar os parafusos do mesmo) pra tomar banho..então desci e fui apalpando as mesas para descobrir onde estava o precioso objeto que me faria enxergar melhor todas as coisas.

Não sou exatamente cega sem ele, mas é muito provável que eu não vá reconhecer seu rosto na rua se me deparar com você (conhecido, obviamente) se eles. Corro o risco de passar por você sem notar. Sem eles tenho dificuldades grandes de ver detalhes, limites bem definidos, situações por completo. Confesso que mesmo com óculos, todas estas coisas subjetivas continuam sendo uma dificuldade para mim, quando em estresse..mas digressão tem momento...e eu estou fugindo muito do assunto, como sempre.

Uma coisa que eu percebi quando estou sem óculos é que meu corpo assume a parte deficiente, recuperando o senso de ver tudo, só que por outros meios que não os olhos, deficientes pela falta de lentes corretoras.

Quero dizer que, mesmo sem óculos, ou de costas, posso sentir meu corpo arrepiar, sem controle da pele, que vai enrugando.. a nuca fica com os cabelinhos em pé. Meus olhos arregalam, querendo ver o que ainda não veem... e aí eu fico em alerta máximo...

Nostromo, com suas luzes piscantes, nave no meio do espaço..perigo perigo, perigo.."esta nave se auto destruirá em 5 minutos"..sabe???

E aí vou eu, lentamente me virando pelo ambiente, tentando, agora sim com os olhos, apertados para enxergar melhor, ver se acho no meio do borrão, a mancha que me indicará a posição correta do inimigo.

Luzes piscando, perigo, perigo...

Sempre acho. Ou uma enorme aranha, ou enorme taturana peluda grudada no armário, dura pelo tempo ali ficado, na construção de algum casulo para transformações miraculosas da Natureza.
Estas "manchas", peludas algumas, gosmentas ás vezes, despertam sempre esta sensação de perigo.
Esta era grande. Uma aranha peluda e enorme no chão. Parada, olhando com mil olhos para mim. Parada também, olhava com dois olhos míopes, nervosos por não ver direito. Meu corpo avisa sem parar do perigo eminente...e lá fui eu..tateando pela mesa, longe do monstro peludo...fui procurando a peça preciosa até achá-la finalmente perto da pia.



Coloquei o danado no nariz. Peguei meu chinelo lentamente e mirei na bicha. Eu não queria matá-la, como não matei. Eu só queria que ela soubesse que eu sabia. Sabe??
Atirei o chinelo no chão, que esbarrou em uma das pernas..ela virou de lado, rápida, mas não fugiu..enfrentou o chinelo com garras.. Meu Pai do Céu, pensei...ela deveria ter fugido e não ter ficado para enfrentar o inimigo..essa é das bravas. Confesso que ao ver a coragem da aranha eu acovardei ainda mais.

Corri. Fechei a porta. Mas essa estratégia de fuga não foi aprovada por mim. Não adianta mesmo fugir de seus medos... é melhor enfrentá-los enquanto estão no seu caminho, porque eles ficam por lá, escondidos no meio das roupas, dos objetos, e mais cedo ou mais tarde, eu terei que abrir aquele quarto e olhar tudo procurando por ela. Entendeu??

Enfrentar os medos é melhor, porque limpa o futuro..pelo menos daquele medo.
Com certeza haverão muitos.
Na natureza é assim..
Você não tem coragem???
Não quer viver perigosamente??
Não quer emoções e adrenalina??

Vem pra roça....

After Earth (10-06-2013 16:00 segunda-feira)

 

After Earth


(G1) O ator mirim Jaden Smith, filho de Will Smith, gravou um vídeo institucional da agência espacial americana (Nasa) em que destaca os esforços do órgão para ajudar a "salvar" o planeta de uma eventual destruição. O adolescente de 14 anos estrelou na sexta-feira (7), ao lado do pai, o filme de ficção científica "Depois da Terra", do diretor M. Night Shyamalan.

Nessa história apocalíptica, a Terra se tornou inabitável após uma série de desastres, e a população precisou se mudar para naves espaciais. Mil anos depois, o general Cypher Raige (Will Smith) e o garoto Kitai (Jaden) pousam, sem querer, de volta no planeta, habitado por predadores como aranhas, cobras, sanguessugas tóxicas, aves de rapina e babuínos enlouquecidos.

No vídeo da Nasa, Jaden descreve as contribuições do programa de Ciências da Terra coordenado pela agência para promover a consciência ambiental e a exploração adequada do nosso planeta. Além de cenas do filme, o material contém animações com dados de 17 satélites da Nasa em órbita atualmente.

Esses equipamentos fazem observações da atmosfera terrestre, da superfície e do gelo, entre outras características, e servem de base para cientistas poderem compreender melhor a Terra, prever nosso futuro climático e aumentar a qualidade da vida no planeta.

"A Nasa tem uma frota de satélites ao redor do planeta que mantém o controle das mudanças climáticas e estuda como os seres humanos estão afetando a Terra. Agora, na Nasa, cientistas e engenheiros estão trabalhando diariamente para ajudar os humanos a aprender a cuidar melhor de sua casa, para que nunca tenhamos que sair daqui", diz Jaden no vídeo.



Onde você estiver...te amo! (10-06-2013 13:31 segunda-feira)

Onde você estiver...te amo!


Isso foi em 2010.
Me sentei com meu pai, na rampa de acesso do pequeno barco, que espera turistas para um passeio pelo rio, em Ibiúna, São Paulo.

Paz.
Homem manso.
Onde você estiver, Pai.
Te amo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Jeca Tatú moderno e a Ankilostomina Fontoura (27/05/2013 10:06 segunda-feira)

Jeca Tatú moderno e a Ankilostomina Fontoura

A primeira coisa que eu faço quando eu levanto da cama (depois do xixi urgente antes que pingue na calcinha) é olhar pelas janelas, vidros ou portas que me mostrem o exterior. Principalmente agora no inverno, quando a neblina deixa tudo branco, sem visão do em torno. Lindo ver toda a paisagem transformada por algo que não se toca, tão etéreo e improvável como uma nuvem ao alcance das mãos e meu bafo quente deixa riscos de água condensada na janela fria.

Diferentemente das noites, quando não se vê nada, o não ver nada da neblina vem carregado de quase ver, de "achos" que está lá, sabe??

Hoje, na bruma "avalônica", achei que vi um casal de tucanos. Os bicos, mexendo ora para um lado, ora para outro, lembravam braços em blusa amarela, gesticulando no meio da árvore.

E lá está "Seu" Pedro, desde cedinho (chegou com sua motinho, sem atrapalhar... estaciona, tira da malinha a garrafinha de café, seus óculos e materiais de proteção, prepara a máquina de roçar e desaparece) ou o que se ouve do "Seu" Pedro, sumido que está entre a névoa branca e as árvores. Ele é da roça antiga, dos homens de antigamente, que acordam as 4,30 da manhã, passa o café e vai tirar leite das vacas, depois dar milho ás galinhas, que pega na enxada, na roça, no pasto, onde for pra ele ir ele vai. Os moço da roça só querem saber de crack, é o que dizem as más línguas por aí. Verdade! Não digo todos, porque generalizar é coisa de gado. Mas é o mal do século. Muito ruim a situação por aqui.
É verdade também que tem moço da roça que não quer crack, mas também não acorda cedo, não rala com enxada, quer tablet e sorvete Kibon (já foi o tempo do sorvete de massa na banquinha da Rose, sabe?).

Tudo bem querer, né? Eu sei. Só que quer daquele jeito, encostado no pai, que ainda trabalha na enxada, porque não quer trabalhar firme. Quer celular, que não sabe pagar.

Sabe como eu vejo? Jeca Tatu tecnológico, moderno, cheio de botões e barulhos futuristas, mas ainda do mesmo jeito dantes.
Sacou?


Não há mais Ankilostomina Fontoura (que coisa será essa??) que dê jeito.

Mas acho que está tudo dentro dos conformes. Quem quiser voltar para a terra vai ter que aprender (re aprender) a lidar com ela. Faz parte do resgate!

Vem pra roça!!!
Mas na boa!!

Quem tem medo de aranha? (25-05-2013 14:45 Sábado)

Seu eu tivesse medo de aranhas, não daria para morar na roça.... todos os tipos, de todos os tamanhos, de várias cores, formatos... umas ágeis, outras lentas, umas finas e esbeltas, outras gordinhas e menos ágeis..umas fazem teia, outras se escondem no chão...

Confesso... eu n]ao gosto nada de encontrar com uma delas. 

Pavor de aranhas e cobras? Método pode ajudar "medrosos" a ...

No blog original tinha um vídeo de aranhas lá do sítio... perdeu-se








Deixa pra amanhã (21-05-2013 21:05 terça-feira)

 

Deixa pra amanhã

Aqui na roça vou fazendo tudo o que tem na prateleira. Deixo acabar muitos itens na cozinha para descer a montanha e viajar até a cidade, 11 quilômetros daqui.
A cidade é pequena.
Cresce devagar, quase parando.
Todo  mundo correndo pra fazer dinheiro. Nem todo mundo.
O Fred trabalha em tudo o que aparecer: faz roçada, com máquina própria. Toca viola com voz de coral, de noite. E faz shows em São José dos Campos, no violão ou viola.
Paulinho desce e sobe a rua principal, vendendo imóveis, bicos em reformas. Já deu tudo em vida para os filhos. Não tem mais nada em seu nome. Quer paz no coração.


E meu carro, que andava sujo demais, até para meus padrões de limpeza automotivos, precisava de banho. Lembramos que na cidade tem um lava-rápido de roça, uma porteira aberta, um quintal grande com mangueira e aspirador de pó. O desenho mal traçado no muro da casa dizia os preços. Dois meninos lavavam dois carros. Um cada um.
Era hora do almoço.
Não havia mais carros.
A cidade às moscas.
Quando perguntado sobre lavar o carro, o rapaz simplesmente disse pra deixar para amanhã.

É isso.
Maior calma na roça.
A porteira com um carro aguado mal desenhado se fecha.
Não abriria mais hoje.

Lembrei da cara de bunda....
Depois pensei "que se dane..o cara é assim..não quer trabalhar feito louco e ganhar grana. O dinheiro do dia já foi feito."
Deixa pra amanhã.

Keng Lyen e seus peixes que nadam em resina (06/05/2013 09:18 segunda-feira)

....e por falar em ilusão, que tal um peixe azul nadando solitário num prato fundo???
Keng Lye - Singapore Contemporary Fine Artist - Painters - Artistaday.com

Ou uma tartaruguinha verde no fundo de uma tigela???

Hyperrealistic Animals Created by Painting on Layers of Resin


Ou uma lula largada num prato fundo, olhando para nós como a se perguntar "O que vai acontecer comigo agora???"


lindos, né???
Pintados na resina, os animais em 3D vão saindo dos pratos...
Coisa linda...digita KENG LYE no Google e dá uma olhada nas imagens...


Hyperrealistic Resin Art by Keng Lye - IGNANT

assim também o artista japonês Riusuke Fukahori!!
 
resina, sabe??
Não sabe???
Vai olhar!!!

Suzana, de Hynek Martinec (06-05-2013 08:56 segunda-feira)

Hynek Martinec - Wikipedia 

 

Suzana, de Hynek Martinec

Lindo retrato de Suzana..incrível viver nesta era de arte digital, onde imagens da imaginação se confundem em realidade com as do mundo físico.

Não que haja competição natural entre as formas...o que compete são nossos olhos, que ora olham para uma imagem irreal e outra hora olham para o real e não acreditam no que vêem. Não há distinção, não há como saber se aqueles seres são tirados da vida real, ou se apareceram na tela da vida escondida na cabeça de cada um.

Hynek Martinec, além de ótimo desenhista, artista de primeira mão, ainda é poeta das palavras pintadas, quando diz que pintar Suzana foi dividir com as pessoas a intimidade da convivência com outra pessoa, expressa pelos detalhes da casa, na intimidade de um casal refletida nos óculos postos no rosto desgrenhado da Suzana.

Isso não é foto... é pintura acrílica, acredita???


Dá até raiva de ver, ou melhor, de não ver a diferença entre pintura e foto!!
Demais mesmo.
Vale a pena dar uma viajada no site deste cara...maravilhoso!!
Mas quer saber o que eu acho??
Parabéns, Suzana...mulher porreta tá aí.
Sortuda.
:D

Cara de bunda na roça (05-05-2013 18:07 domingo)

 Cara de bunda na roça

Aqui na roça tem um i-pod meio velho, já batido pelos longos períodos de viagens, de festas, de bodes!! Tá lá com quase 5.000 músicas, alguns filmes, computadores, tem uma tv grande, grudada (precariamente, na minha opinião) na parede de tijolo à vista, tem internet e roteador, tem aquecedor e smartphone.. :D

Tem músicas em todos os aparelhos, tem rádios e telas mil. Mas fica tudo desligado, sabe?? Pra que, me fala?? Pra que ouvir sons altos, gente falando, falando, falando, falando, falando mal, falando de buraco, de morte, de assalto, falando de inflação e desemprego... Falando, falando!!

E tem música de igreja, tem música regional, e tem sertaneja e universitários, e tem rock diversos tipos, e tem românticos diversos tipos. Tem tecno, tem valsa e clássicos, tem de tudo um pouco desse mundo infito dos sons, das notas, das cores sonoras...

Mas aqui, eu deixo tudo desligado.
Deixo tudo quietinho no seu lugar, dando preferência para os grilos, as cigarras quando é época delas, os sapos de noite, as corujas, as aves de rapina, os cães, os macacos lá longe, o rio briguento lá embaixo!

Tenho esta qualidade de vida que me permiti ouvir os sons da natureza, de onde eu estiver.

E você quer saber o que me deixa com cara de bunda??? FUNK

Eu não ligo música que é para não atrapalhar... aí passa um imbecil, de carro ou celular, com "aquilo" tocando firme e alto no rádio. Que pena.

Os insetos param, os animais fogem, e a vida não continua, ela estanca, chocada com a violência, com a falta de qualidade.
Que droga!!
Que lixo!!
Que M.

Dia do Planeta Terra II (24-04-2013 14:37 quarta-feira )

 

Dia do Planeta Terra II

22 de abril - Dia da Terra - Brasil Escola

Depois que meu lado Eco Ativista meia boca declarou sua opinião sobre a humanidade, deixando bem claro  o que acha dela, eu venho aqui apresentar um outro lado meu, mais otimista em relação a humanidade, um lado mais espiritualizado, que acredita que aos poucos, em passos bem lentos, a humanidade caminha.
Caminha para a Luz, para a Consciência, para a Paz. 

E aí, enquanto a Luz tá longe, não custa iluminar o chão com ideias criativas para ajudar a não destruir mais do que já está.

Enquanto a Consciência tá longe, vamos conversar sobre alternativas produtivas, auto suficiência em áreas pouco desenvolvidas, como energia alternativa, por exemplo.

Enquanto a Paz está longe, vamos agir com mais amor, mais paciência, para compensar o desequilíbrio da balança.

Ele levou 3 anos para fotografar a Via Láctea e o resultado ...
maravilhosa imagem da Via Láctea, registrada pelo fotógrafo peruano, que levou 3 anos para nos presentear com esta bela fotografia, feita no maior deserto de sal do mundo – Salar de Uyuni

Um homem leva três anos para conseguir uma imagem, algo fugaz quanto um segundo, pelo prazer da captura eternizada deste mesmo momento de Luz, Paz e Amor diluídos no prazer da foto.
Nosso Planeta é lindo, lindo, lindo, lindo!!
Cheio de prazer.
Cheio de vida.

Somos abençoados.

TODO DIA É DIA DO PLANETA TERRA!

Dia da Terra (22-04-2013 18:26 segunda-feira)

Saber que hoje o dia é de comemorar o Dia do Planeta não me faz sentir nada de festivo dentro do peito.
Duvido que a consciência do verdadeiro estado do planeta em nossas mãos traga algum tipo de estado comemorativo no ser.
É a mesma coisa de qualquer dia de comemoração: quem quer saber da real situação indígena em nosso país?? Em nosso planeta?? Quem comemora o Dia do Índio?? Que índio sente a dignidade forte na alma dolorida de abandono e fome de justiça??

O que os animais diriam no dia do Planeta??

O ser humano é um vírus, um monstro deformado pela ignorância, pela crueldade, pela falta de amor e empatia. Talvez Melkor tenha habitado em nós desde a grande sinfonia, e talvez sua força esteja para todo o sempre destinado a corromper a forma divina. Seja pela inveja, pelo ciúme, seja lá qual for o motivo para destruir algo tão grandioso como Ëa. 


O que as plantas diriam no dia do Planeta??

Destruímos tudo.
Construímos nossas vidas em cima dos materiais retirados sem dó deste planeta lindo.
Não somos capazes de criar uma única forma sequer de vida.
Atacamos, prendemos, torturamos e condenamos animais de toda espécie, desde muito tempo atrás.

Uma pena que nosso planeta tenha que depender de seres como nós, humanos, para bem viver no Universo.

Sabão de cinzas (22-04-2013 14:13 segunda-feira)

E aí eu fui pra cidade vizinha, 10 km de distância aqui no sítio.
Fui curtindo a paisagem, as montanhas lindas, os sítios, as casas que vão surgindo na beira dela ao longo dos anos, construídas às vezes sem documentação, sem licença da prefeitura. Na volta eu vi um carro da prefeitura mesmo, com o prefeito numa conversa com o pessoal de uma das casas. No fim, eu acho que estão todos envolvidos porque a construção saiu, tá lá, ninguém nunca falou nada. O cara que vendeu era amigo de uns e outros...algo assim. Como sempre, no interior isso é endêmico. Nas cidades grandes ainda procuram esconder, mas aqui não dá. Liguei para a prefeitura reclamando de um trator abrindo espaço no meio de árvores. E enquanto falávamos com o ajudante do prefeito, percebemos que o trator era da própria prefeitura que hora falava conosco pelo telefone. Eles mesmos estavam derrubando árvores para o amigo, dono do sítio, entende?? Eu não consigo acreditar, ás vezes, nas coisas que eu vejo.

Digressão a parte, lá fui eu para a cidade vizinha. Fui comprar material de limpeza básica aqui da casa. Entre os itens da lista pequena, eu destaco a soda cáustica, sumida do mercado. Fui comprar na casa de ração. Hoje é dia de fazer sabão, pois as garrafas de óleo precisam sair do chão, sabe?? estão lá, perturbando a harmonia do lar. O sabão já esta acabando, então a soda hoje vai queimar na água..rs. Tenho que tomar cuidado para os gatinhos não respirarem a fumaça que sobe da reação química. Não quero nenhum gatinho morto por asfixia.
Comentei com minha ajudante, dona Francisca, sobre a qualidade da nova soda. Eu sou uma principiante neste processo todo alquímico de transformar óleo em sabão limpo. Fiquei receosa de estragar todo o óleo acumulado e estocado, só porque comprei a soda errada, sabe?? Aí ela comentou de vizinhos que, neste final de semana, estiveram com ela numa comemoração religiosa, que agora eu não lembro mais qual foi. Os vizinhos, idosos de mais de 80 anos, comentaram com ela que nunca haviam usado shampoo. Lavam suas cabeças com sabão feito de cinzas de fogão a lenha, de certo na água aquecida pelo mesmo fogão, o que é incrível. Ainda se encontra gente que não usa coisa moderna. E ainda mais uma coisa: como os parentes sabem dessa forma de higiene, providenciam as cinzas para o feitio do dito sabão, porque o sabão de cinzas precisa de grande quantidade delas para ficar "bão" de verdade. Milagre. Se recusam a comprar esses potes coloridos de sabão para cabeça. Primeiro porque são muito pobres e depois porque o costume faz com que neguem a modernidade. Mesmo com parentes comprando, eles se recusam a usar. Para que mudar agora se a vida toda foi lavado com sabão de cinzas??

2013 é um ano de mudanças.
Não é muito aconselhável bater de frente com Saturno neste ano, né??
Se é pra mudar, vamos lá... mudanças fortes, regidas pelo engolidor de filhos...pelo Tempo!!


Coisas da Roça - (12-04-2013 07:35 am Sexta-feira)

Coisas da roça....

Hoje acordei com o sol nascendo lá na paisagem cheia de nuvens brancas...
Levantei porque o som dos bichos andando pelo forro me deu nos nervos... não saber, ao certo, que raio de bicho é esse, que corre pelo forro do telhado com uma desenvoltura enlouquecedora, por toda parte vejo as fregolinhas no chão... farelos de um pó esquisito....aiiii..o que eles estarão roendo???

Os cães estão lá na porta de entrada, abanando os rabos. Lindos e danados, estes cães!! Tenho um medo enorme que eles saiam correndo atrás de animais desavisados e calmos, pela estrada afora, como já vi fazerem algumas vezes..é uma loucura acompanhar a forma como estes animais se comunicam. Muito violento para meu gosto. Mas, como o povo aqui na roça gosta de dizer: "- Eles se entendem!".

Mas...os cavalos do vizinho estão soltos pela estrada de terra, como se o mundo fosse o quintal do vizinho, sabe?? Ele deixa tudo aberto, porteira, portão...e os cavalos, vacas, porcos e demais itens que não devem faltar numa boa fazendinha, andam soltos pela estrada, e meus cães correm atrás, mordendo patas...

Mas o dia promete ficar lindo, com todas estas nuvens brancas pelo chão. Fog londrino em plena roça.

Hoje estou feliz porque minha ajudante, Dona Francisca, vai poder lavar tudo com água que está vindo lá da vizinha, Stellinha. Graças a Deus, tudo acabou bem. Digo tudo me referindo á novela da Heleninha e seu Joãozinho. Acho que já devo ter contando deles...impossível não tê-lo feito. Mas, como disse alhures, se disse, conto de novo: quando eu vim pra roça, não conhecia ninguém, não sabia de brigas de família nem nada disso, estávamos construindo uma casa, e ficamos sem água, líquido tão preciso, porque Heleninha e seu Joãozinho não gostavam no moço que fazia minha casa. Por causa da briga entre eles, fiquei sem água,  e isso eu não vou perdoar na Heleninha e seu Joãozinho, que vieram avisar, orgulhosos, nojentos, ainda abanando o canivete nas mãos, que não tínhamos mais água... Falaram rindo da nossa cara espantada por nos vermos no meio de uma enorme confusão familiar, gaiatos. Agora dizem que ela é legal... NÃO FOI PARA MIM, então... fico eu com minha impressão deles, tão real quanto a outra.

Mas a vida dá voltas, com certeza que dá. e A Heleninha e seu Joãozinho venderam a casa deles para a Stellinha, que, de forma diferente, assim que nos viu na rua, gritou que agora teríamos água... e assim dito, assim feito. "Seu Dito" veio puxar o cano, trazer a água até a caixa vazia. Do jeito da roça, único jeito conhecido por aqui: apesar da nossa pressa, "Seu Dito" demorou para vir fazer o serviço... foi plantar milho...rs!! Tudo bem...esperar o plantio do milho, para quem já esperou 8 anos, vai bem!!

Depois do milho plantado, a água jorrou na roça. Finalmente.

E os dias vão passando, um depois do outro, cada um diferente do anterior, embora igual em muitos pontos.

Cidade continua cidade, e roça continua roça.

Não quero mais cidade. Meu pai morreu. Minha irmã agora é livre para nos visitar... e nós não iremos mais á city com tanta frequência. Não há mais tanta urgência. Roça na veia, agora e cada vez mais.

Vou sair do computador... hoje tenho sabão para fazer...Coisas da roça...

Léozito (09-04-2013 11:08 terça-feira)

Léozito

Domingo, dia 07 de abril de 2013, o corpo de meu pai foi cremado. Acompanhar o desenlace deste querido companheiro de vida foi uma honra. E outra honra sem tamanho é ser irmã da Paula. Só tenho a agradecer. Foi tudo lindo. Mesmo o sofrimento dele foi amenizado, por tantos sentimentos (merecidos) de carinho que vieram de toda parte, por tanto respeito dos enfermeiros, que cuidaram dele como se meu pai fosse o pai de todos. Suas cinzas será jogadas aqui no sítio, completando o ciclo natural da vida. Sinto-me privilegiada pelo Universo, pela Vida.

Até breve!!

Connect (30-03-2013 11:08)

 


Tô trabalhando aqui!!!!!



Sem medo de falar em deficiências físicas (19-03-2013 terça-feira 12:47)

 

Sem medo de falar em deficiências físicas

Metade de mim é holandesa, por causa de meu pai, que veio para o Brasil aos 19 anos de idade, depois de dias em um navio cheio de imigrantes de várias partes do mundo. Os espanhóis, italianos e portugueses ficavam no porão do navio e, segundo meu pai, sempre brigavam entre si, sempre barulhentos. Os franceses, holandeses e ingleses ficavam nos primeiros andares do navio, embora fossem tão pobres quanto os outros, lá no porão.

Preconceito puro contra os imigrantes "menos nobres" da Europa. Um absurdo, não é??
Somos seres preconceituosos, isso eu não tenho dúvida.

Temos preconceito contra doenças, também. Tratamos de forma diferente os que não são parecidos, não conseguimos olhar nos olhos, nos sentimos mal, meio que envergonhados por termos que olhar, falar...
Me lembro de quando eu precisei andar com cadeiras de rodas, num evento público. Era a feira do livro, aqui em Sampa, que, de dois em dois anos, me enchiam de prazer. Lembro que quando eu ia nestes eventos do livro, eu saía com uma sacola cheia deles, comprados com enorme satisfação, não importasse preço, ou tamanho. Eu saia feliz com meses programados para a leitura e degustação de cada um deles.
Mas numa cadeira de rodas, eu senti a enorme dificuldade de andar elas standes, pelos tablados armados para receber milhares de pessoas "normais", sem rampas de acesso. Hoje tem, mas na minha época, não tinha nenhuma rampa..Era uma enorme dificuldade andar pela feira. E as pessoas ficavam com dó de mim, me olhavam rapidamente, algumas de canto do olho, e assim eu recebi dezenas de revistas, de pessoas que vinham de todos os lados, dizendo "querida, você ai, numa cadeira, fique com estas revistas"...e meu colo ficou lotado delas, quase numa torre titubeante de papel e informação.

Temos medo de pronunciar certos nomes de doenças, como câncer, AIDS, e assim vamos tampando com a peneira coisas que são comuns e podem acontecer com qualquer um.

Tive um amigo anão. Paulo era forte, tinha um sorriso lindo e uma simpatia de fazer inveja. Dentes brancos, riso franco. Mas era anão. Isso quer dizer que ele tinha uma anomalia genética, um defeito que proporcionava a pequeno tamanho físico, com membros deformados: pernas tortas, braços tortos, mãos pequenas, coisas assim. É ruim? é. Nenhum anão gosta de ser anão. Mas reconhecer que se é anão, e que nanismo é uma anomalia genética NÃO TEM PROBLEMA NENHUM.
Não é xingar alguém...

Minha mãe teve câncer. Morreu por causa do fígado destruído pela doença.
Mas ela tinha CÂNCER, ela sabia e falava nisso sem preconceito. Não havia tempo para melindres, para palavras sussurradas. Era falado, claramente.

Meu amigo era assumidamente, um anão. Eu era jovem, menina mesmo, e foi a primeira vez que eu via uma pessoa assumir uma anomalia óbvia, que não se esconde enm se impede de ser visto pelos outros. Está lá, óbvio e não pode ser negado. Tem NOME: NANISMO. é uma doença, uma anomalia.
E Paulo era maravilhoso. Ele sabia como mostrar bem a diferença entre o ser atrás do corpo e o corpo, na frente do ser. Inseparáveis enquanto vivos, mas um era uma anomalia, e o outro era a luz, a felicidade, a energia positiva de uma alma forte e gigante em amor.

Não podemos confundir doença e doente. Um se cura ou mata, o outro é luz, embora enfraquecida pela dor.

Não xingo a memória de meu querido amigo se eu digo a ele que ele era anão. Aliás, ele "estava" anão.
Agora ele está livre de corpos, livre no espírito.

Uma frase dele que eu não esqueço é que as doenças da alma não são vistas e, portanto, não são consideradas devidamente. E são as únicas deficiências que devemos, de todas as formas, olhar e combater.

As físicas se aprende com o tempo a lidar com elas.

Aprendi com ele a não temer o físico.
A não confundir as coisas.

Somos luz.
Luz.

Já faz tempo.... (14-03-2013 21:25)

 

Já faz tempo....

Então gente...faz tempo, né??
Mas eu não deixo a roça verde aqui da internet "crescê" o mato..venho aqui e roço tudo, pra ver a grama baixinha, verdinha e cheirosa.

Aqui na roça vai tudo como Deus quer.

Chovendo, chovendo e chovendo.


Queimando coisas com raios..demorando para resolver os problemas...não tem gente para fazer o trabalho...muito tempo com as coisas queimadas..luta para conseguir gente..resolvem o problema...chove de novo...sabe??

Queimou a internet e o telefone, para variar.
Verão não tem jeito. Queima mesmo.
Eu tirei o aparelho da televisão via satélite da tomada...fiz mal porque desde o carnaval que eu não tenho televisão.. não que eu sinta falta...jornal só coisa ruim. Entrevista, filme..tudo isso eu vejo na net.
Mas ai eu perdi a net também...
E para arrumar a net, além de marcar com o povo do conserto, ainda preciso tirar as vespas do tampo da chaminé, onde esta encostada a antena da net via rádio.

Mas a estória das vespinhas começa numa sexta sem tv e sem net... um cheiro ruim na sala, na cozinha (que é ligada na sala)..um cheiro muito ruim...de onde vinha?? fui cheirar , cheirar, até achar.
Vinha da lareira, lá do chão se via um pó grosso, preto e fedorento.
Nossa!! Pensei. Deve ter algum bicho fazendo cocô lá de cima..mas como pode isso??
Pensei: vou acender a lareira e ver no que dá..o bicho vai voar se for pássaro, vai correr se for roedor, vai voar se for morcego.
Assim pensando, assim feito.
Corri a pôr lenha na lareira e tacar fogo.
No começo os estalos foram poucos, mas depois parecia pipoca: aquele monte de vespa caindo na fogueira forte de fogo, caindo e estalando, e enchendo o fundo da lareira de uma camada de uns 2 cm de vespa frita...fundo que foi aumentando.
A casa encheu de fumaça, porque ao cair tanta vespa, apagou o fogo..corri a acender mais, com querosene...fumaça e fogo é muito bom, dizem.
E lá fui eu, no meio da fumaça e do monte de vespa frita, fazer mais fogo.
Levei uma picada na nunca, outra na perna e uma no braço.

Numa hora de grande sabedoria, lembrei do mato cortado há dias, acumulado debaixo da árvore florida. Este monte de mato cortado estava molhado por causa da chuva e seria estupendo usá-lo para levantar fumaça. Fizemos isso. Fogo forte, mato cortado e molhado, aos poucos foram levantando muita fumaça e espantando por fim as vespas.

O técnico ainda reclamou do perigo em trocar fios e aparelhos lá no alto, ao lado de vespas tão perigosas... Não eram perigosas e já tinham ido embora...as 6 que ficaram de plantão não estavam muito a fins de conversa, mas foram devidamente fulminadas por 3 tubos de SPB, contra os insetos, somente contra os insetos...

E pronto.
Internet novamente
Telefone novamente
Sem televisão (ainda)
Sem vespas
Com chuva
Com atualização no blog..obaaaaaaaaaa!

Saudades de Elvis e Madonna (21-fev-2013 quinta-feira 13:08)

 

Saudades de Elvis e Madonna

Sabe, eu não sou de ferro.
Aliás, ultimamente, tenho visto quão de carne e osso meu corpo é feito. Carne, vocês já sabem, se fica fora da geladeira, estraga. Depois dos 45, acho que saímos um pouco do "estado de geladeira" que o próprio corpo instala, e o relógio interno dispara, sacou??

Então, de vez em quando, eu choro. Choro de dó de mim.
Choro de raiva por não conseguir ser mais a adolescente que eu era.

De vez em quando, eu caio.

Mas acho que é assim com todo mundo. Aí, eu levanto. Sacudo a poeira.
Sigo.
Não me arrependo.

Neste estado de ânimo, as coisas ficam piores, né??
Saí alguns dias de casa...deixei meu sítio às moscas. Pelo menos, na minha humilde opinião, se eu não estou cuidando, do meu jeito, então o sítio está as moscas.

Meu cão Melão estava cheio de bernes, naquele pelo curto...
Coíca também estava com bernes, mas menos.
Meus gatinhos estavam magros.

E....
E...
as araras, gente, haviam se mudado.
Não havia mais Elvis e Madonna dormindo no forro do telhado.




Fui atrás do mistério, querendo saber o motivo pelo qual o casal havia partido.
E eu descobri.
Descobri pelas pistas deixadas pelos estranhos bichos que andam pelo forro da casa...uns pequenos cocôs na pia do banheiro. Ruídos finos como unhas andando pelo forro, em toda parte dele... Respostas de outros pequeninos animais, como numa conversa noturna, lá em cima da minha cama, separados apenas por uma fina camada de madeira.

RATOS.
Meu forro esta cheio de ratos...

E agora eu me vejo numa situação difícil. Se jogo veneno, os bichos morrem lá, deixando o cheiro da morte por toda parte.
Se o veneno cair, corro o risco de ter outros animais envenenados.

Mas vou ter que resolver isso.

Pena que os alados verdes e barulhentos se foram.
Que pena.

Saudades de Elvis e Madonna

Arda e suas maravilhas (05-fev-2013 23:12)

  1. Argonath
De longe, para mim, a maior das maravilhas.


O Portão dos Reis (Isildur e Anárion, os dois filhos de Elendil), situava-se nas duas margens do rio Anduin, que depois de sua passagem se alargava, formando o rio Nem Hithoel e foi construída no reinado de Romendacil II, por volta de 1248 da Terceira Era,


As Argonath olhavam para o norte com expressão sombria, marcando a fronteira norte de Gondor, como que avisando que não era permitida a passagem para sul sem autorização, com os braços esquerdos erguidos e palmas estendidas, um machado na mão direita, encostado ao peito, elmo e coroa na cabeça imponente.



2. As Torres Brancas:



Na localização do mapa, as Torres Brancas ficam distantes do mar, como diz o mapa, pois se situam nas Colinas das Torres, a oeste do Condado, perto dos Portos Cinzentos.

Gil-Galad, depois da fundação do Reino de Arnor, mandou os Elfos de Lindon construírem as torres em homenagem a Elendil.
Na mais alta, Elostirion, Elendil guardou uma das sete palantiri, trazida de Númenor.

A imagem que mais chega perto:

As torres brancas | O Senhor Dos Anéis & O Hobbit Amino


3. Os Portos Cinzentos

Mithlond, como era chamada pelos Elfos, era uma cidade portuária, fundada  pelos Elfos no primeiro ano da Segunda Era (depois de Beleriand submergir na Guerra da Ira), se tornando o principal porto dos elfos na costa noroeste da Terra Média, no Golfo de Lune.
O acesso por terra se dava pela Grande Estrada Leste, desde Valfenda até Eriador


Círdan, o Construtor de navios, era o Senhor dos Portos.


Algumas das maravilhas da Terra (04-fev-2013 18:55)

Algumas das maravilhas da Terra

Estas são algumas das maravilhas do Planeta Terra, que não foram feitas por terráqueos... é o que dizem por aí..


http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=6389083140603617826&postID=1517892753749046967

E quer saber de uma coisa?? Eu CONCORDO em alguns dos casos..a pedra da Gávea vai me perdoar, mas et's?? Na pedra da Gávea?? Fazendo o quê, meudeus?? rsrsrs

as sete "antigas" são estas:

Pirâmides
Jardins suspensos da Babilônia

Templo de Zeus em Olímpia
Templo de Ártemis em Éfeso
Mausoléu de Halicarnasso
colosso de Rodes
o farol de Alexandria

:D

as novas são



As Muralhas da China
Pirâmide de Chichen Iztá, México
Ruínas de Petra, na Jordânia
Taj Mahal, Índia
O Cristo Redentor, Brasil
Coliseu, Roma
Machu Picchú, Peru.

A roça e as coisas .... (21-01-2013 21:09)

 

A roça e as coisas ....

Fui pro sul no final de janeiro.
Sair da roça é difícil, porque eu já me acostumei com tudo aquilo.
Sair da roça é bom..abre a cabeça, se vê novas pessoas, se vê as antigas, não fica com a chateação de amigos dizendo que eu deveria sair mais, sair da toca.
Aí eu fui.
Fui animada, para não dar pano para a manga:sem o humor correto, não tem como dar certo.
Viajei.
Vi outras matas, outras casas.
Mas, quando eu voltei, foi como se um vórtex tivesse aberto suas portas misteriosas, e eu tivesse caído no paraíso, por descuido, nalguma esquina dos caminhos andados.
Não é apego. É não ser cega.
Não é chatice. É não ser burra.
Não é falta de amor aos outros. É me amar e respeitar.

Voltar para a mata, os pássaros já conhecidos...gente...cheguei, fui tomar banho pois estava super cansada e suada de dirigir tantas horas...no banho, pela janela, vi o tucano pousar na árvore da frente da casa, e olhar para mim com o bico amarelo e laranja meio de lado, rosto meio torcido para ver melhor aquele bicho estranho com aquela água toda caindo por cima..ficou alí um tempo, enquanto eu não me mexia para não afastar.

Voou embora e me deixou estasiada, ali com a água quentinha, que veio da mina, caindo reparadora nas minhas costas.
De noite, o silêncio, que nunca é e nunca será absoluto. Na mata, tem muito som. Muita coisa acontecendo num metro quadrado. É que alguns sons não se ouvem sem os olhos, como o arrastar das folhas nas costas de valentes formigas, ou o bater suave de aves noturnas. O som do rio sobe forte, marcante, parecendo mar verde na roça.

Sem luz da cidade, a noite é breu, o céu é carnaval de alegorias brilhantes e cheias de estórias para contar. Interessante como os homens da cidade estão sempre puxando uma tomada, para colocar uma luz, estão sempre pedindo luz para ver melhor, para que a noite seja tão luminosa quanto o dia, por causa dos mais variados motivos, o maior deles a segurança, o medo de andar nas ruas, de noite, e ser surpreendida por um bandido, coisa comum nas cidades grandes.
Perdeu-se a alegria natural da noite chegar, e do escuro mostrar ao corpo que já é hora de recolher-se, deitar-se numa cama e dormir, deixando ao corpo a tarefa de se recuperar do dia, e soltar alguns hormônios noturnos para que o dia seguinte seja bom.
Dormir não é mais o momento sagrado de descanso, mas o momento obrigatório que se tem entre dois dias. Dorme-se tarde, acorda-se cedo, e ao dormir, é tudo claro. Tem luzes por toda parte na cidade...luzes vendendo, luzes comprando, luzes mandando parar ou seguir, luzes que apitam e giram, luzes e mais luzes...

Na roça, a noite vem inteira, carregada de seus mais puros e naturais significados.... não há interferência do mundo moderno, nos dando alerta por causa de bandidos...nosso alerta é tomar cuidado com os seres noturnos da mata, para não assustar, para não pisar por engano, para não ser pego de surpresa por lobos...mas é outro tipo de medo.

Estamos perdendo tudo por causa das coisas que acumulamos..
Estamos perdendo a naturalidade da vida porque queremos acumular celulares, móveis, televisores, ares condicionados, carros, camisas e tênis, relógios...na roça não tem hambúrguer de marca, nem nada destas coisas...

Lembrei do Arnaldo Antunes, em COISAS:

"As coisas tem peso, massa, volume, tamanho, tempo, forma, cor, posição, textura, duração, densidade, cheiro, valor, consistência, profundidade, contorno, temperatura, função, aparência, preço, destino, idade, sentido. As Coisas não tem paz".

Buzinaço do Feriadão de Nossa Senhora Aparecida de 2013 (22/10/2013 15:59 terça-feira)

Podia ser capa de revista importante. Daquelas que tem duplo sentido, ás vezes três ou mais. É, porque teve buzinaço. Uma fila de ca...