quinta-feira, 5 de outubro de 2023

 

Araras verdes são carnívoras??

O fato de nascer escravo não suprime a ideia de liberdade.
Li esta frase pela net afora.

Entendo o vício da Net, quando ficar na telinha horas à fio vira rotina. Eu poderia ficar dias a fio assim, lendo, olhando, rindo, chorando, vendo filmes, escrevendo... mas tenho o meu próprio dia-a-dia, minha rotina sem exatamente, repetição... afinal, rotina seria fazer tudo sempre igual, algo conservador e imutável...mas minha rotina é diferente. Acho que é por causa dos inúmeros seres, das incontáveis variáveis existentes por aqui.

Mas na roça, viciar em algo que não seja o mato verde e o céu azul, em constante transformação....não sei não. Eu não consegui viciar ainda, ;D.

Meus sentidos ainda estão muito ligados à vida lá fora. Ontem por exemplo, me vi procurando respostas para um estranho comportamento do pássaro que cuida do ninho aqui no escritório. Ele brigava, agitado, com algo que estava mexendo em seu ninho.
Pensei ser impossível ser minha gata, Tequila. Ela não escala paredes, não se pendura de ponta cabeça... não pode ser ela. Levanto e vou olhar.

E lá estava a resposta. Dois papagaios, um de cada lado do ninho, como duas gárgulas.... e a passarinha louca tentando afastar os intrusos. Quando os papagaios me viram, voaram logo, deixando a dona da casa aliviada. Por que será que estavam lá?? nunca havia pensando na possibilidade das queridas araras verdes comerem filhotinhos de outros pássaros...como os tucanos. Isso é possível??

Será que alguém que conheça pássaros pode me dizer o motivo deles estarem lá???

E olha, agora a pouco saí correndo com o barulho lá fora e lá estavam elas...as gárgulas verdinhas aqui da roça....creeedo!!!Alguém pode me explicar isso??

Minha viagem ao SUS (29-11-2012 19:45)

 

Minha viagem ao SUS

Hoje eu fui no SUS, pegar um remédio muito caro, oferecido gratuitamente pelo governo do Brasil..
Acordei cedo. Foi uma noite ruim. Acordei três da manhã com os gatos de minha irmã brincando na sala (estou dormindo no sofá da mana quando venho aqui para Sampa. É confortável, eu posso ver tv até a hora de dormir...e posso acordar perto da cozinha...afinal, eu sou viciada em café..já falei disso, né? Tenho alguns vícios, como todo mundo...então, café é um deles.
Surgiu nas aulas de pintura que eu dei durante muitos anos na garagem lá da casa de minha morta mãe, num bairro silencioso da cidade da garoa. Na metade da aula, minha mãe, que Deus a tenha, descia lá da cozinha, com pedaços de bolo, com café fresquinho, levava para minhas alunas, que felizes, paravam com o pincel e as tintas e tomávamos café no quintal....bons tempos. Muitas vezes mergulhei meu pincel na xícara de café fumegante, achando que era águaraz.

Digredi.

Depois de acordar, (Adivinhe???) café, preto, feito na hora, no coador de PANO, claro. Tem que ser de pano.Correr para acordar o papai, tirar o bom velhinho da cama, ver fraldas, dentaduras, remédios e...pronto. Quando ele estava bem, redondinho eu sai, deixando Lilica cuidando dele. Não sou eu quem cuida do papai, é minha irmã quem pega do duro. Não é fácil cuidar de um idoso, doente com Parkinson, há 20 anos!

Sabe, quando se fala de amor, tem que ser com o coração. Outro órgão não vai entender. Os alegres rins, o mal humorado fígado, o orgulhoso cérebro, o descontrolado estômago...quem pode entender de amor melhor do que o coração??? E amor tem de todo jeito.
Amar seu pai e sua mãe tem todo um mistério. Não se sabe bem o que isso significa até que a vida mostra um caminho onde só o amor pode trilhar junto.

Mas isso é com todo tipo de amor.
Amor para filho.
Amor de amigo. Eu amo minha amiga Indiazinha, que morreu estes dias. Não posso, nem quero explicar amor por ela. Só sentir.
Amor de mulher para um homem. Vice-versa.
Tudo tem seu mistério.
Delícia.
Dor.
Tudo junto.

Digredi. De novo.

Fui de táxi. Gente boa sentada no volante, tanto na ida, quanto na volta. Gente que trabalha desde a infância, criando família, dando estudo e condições saudáveis de vida para filhos e esposas. Lutam todos os dias pelo sustento. Tem lá seus defeitos, suas "mumunhas", mas tenho que dizer que é sempre um enorme prazer vir conversando com eles. Hoje dei muita risada com o que me trouxe. Foi ótimo.

Sentei no SUS por um milagre, destes que nos acontecem de tempos em tempos. Eu dei o maior valor por este pequeno milagre, pois o SUS estava LOTADO, cheio de gente, gente aliás que eu amei de ver...quanta gente diferente, com roupas tão particulares, falando tanto de quem as esta vestindo.
Conversei durante horas (duas e meia) com uma mulher muito legal.Rimos e conversamos sobre nossas vidas, nossas doenças, nossas dificuldades e nossas conquistas. Esta parte de contato é divina, com certeza.

No fim, meu post está mais para agradecer a todos e a tudo, pois estou feliz.
Feliz por tudo o que vi, falei e ouvi.
Me alimentei não só de remédios e comida, mas de estórias e vida humana, de sentimentos.
Amo viver,

Foi no Mackenzie (28-11-2012 10:25)

 

Foi no Mackenzie



Não é piada...aconteceu mesmo. Foi no Mackenzie.

Cheguei tarde aquela noite..eu estava fazendo Processamento de Dados, a classe lotada..uma chuva que doía do lado de fora, a sala fechada, cheirando a jaula.
                                      Universidade Presbiteriana Mackenzie - Wikiwand

O fundão tinha uma cadeira vaga (milagre) que eu corri pra me sentar nela. Sempre preferi o fundão, em qualquer curso. Vê-se tudo, ouve-se tudo...

Era aula de contas, matemática, álgebra, mais contas e o quadro branco estava cheio de fórmulas...números.

A professora era nova...eu nunca mais a vi..acho que foi substituir alguém..nem lembro mais como ela foi parar lá. 

Fez uma pergunta num determinado momento e a classe, antes com seu murmurinho geral e abafado de sempre, ficou absolutamente em silêncio.
-Onde está o minuendo?

Silêncio.
-Onde está o minuendo? - Se Notava a voz um pouco alterada da profe lá na frente.

Olhou firme para todos nós, e mais lentamente do que antes refez a pergunta:
-Onde está o minuendo?
Silêncio sepulcral.

Eu fiquei só de olhos abertos...acho que minha boca abriu também, mas não notei... lembro que fui esboçando um sorriso diabólico, esperando a classe responder onde estava o minuendo. Eu sabia que algo aconteceria.

E foi aí que a coisa estourou.
Nervosa porque ninguém respondia, ela começou a bater a mão no quadro, em cima da fórmula, gritando repetidamente "-Onde está o minuendo"... -Onde está o minuendo? - e a voz cada vez mais alta..

Num momento para respirar, enquanto a profe engolfava, o Marquinhos, perto de mim, levanta a mão e grita:

'-Porra, Minuendo, levanta a mão, caralho, senão a profe vai ter um chilique"...

Eu deveria ter morrido naquela noite, de tanto rir.
Ainda hoje, quando me deparo com uma subtração, eu lembro disso...

... e por falar em vídeo da NASA (28-11-2012 10:03)

Atualização: o vídeo original da publicação eu não achei, mas este daí mostra a mesma coisa... só seguir as figurinhas e o sentimento é o mesmo.... que maravilha

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=hejRmy9sNk8

 

Artwork of the Earth 100 million years ago - Stock Image - E350/0069 -  Science Photo Library

Criador: CHRIS BUTLER/SCIENCE PHOTO LIBRARY Crédito: CHRIS BUTLER/SCIENCE PHOTO LIBRARY

Direitos autorais: CHRIS BUTLER/SCIENCE PHOTO LIBRARY

 

 

... e por falar em vídeo da NASA



Incrível viagem pelo tempo, olhando da cadeira o planeta inteiro mudar em segundos o que levou milhões de anos para acontecer...

Sniff! O Meu Rio do Peixe vai virar mar...

Mas esta é a jornada certa...

TODO LO CAMBIA....

Aquecimento Global (28-11-2012 08:26)

 

Aquecimento Global

A NASA publicou este vídeo.
A contagem vai de 1880 à 2011...
Aquecimento global não pode ser um engano de muitos.
Tem gente que não acredita, não aceita...mas são tantas provas...
Você acredita em Aquecimento Global?
EU ACREDITO.

Aquecimento global: década pode ser a mais quente da história, diz agência  britânica | Natureza | G1


https://www.youtube.com/watch?v=_GAfCny_P0M

Atualização: não é o mesmo  vídeo da primeira publicação do blog, mas coloquei este aí, que dá na mesma. A notícia é devastadora, assustadora, medonha... nunca pensei que eu seria testemunha do fim dos tempos...

Tirinhas Tolkien Based da Talira II (19-11-2012 07:48)

 

Tirinhas Tolkien Based da Talira II

Faz muuuito tempo que eu não pulo numa cama elástica...lembro de ter pulado na minha cama, junto com minha irmã, numa arte noturna...rostos afogueados, respiração ofegante, minha mãe, parada na porta, perguntando se alguém estava fazendo bagunça no quarto!!! Claro que não, foi a resposta rápida. Nunca perguntei se ela acreditava em nossas respostas..

De qualquer forma, eu também ia querer ficar mais tempo pulando na cama elástica....


Tirinhas (Tolkien Based) da Talira I (19-11-2012 07:48)

 

Tirinhas (Tolkien Based) da Talira I

Tô fazendo algumas tirinhas engraçadas sobre o Senhor dos anéis e O Hobbit, de Tolkien.

Tirinhas que começaram "do nada" (será??) ...da minha vontade de desenhar, de um amigo da internet que acreditou em mim, depois uma mesa digitalizadora simples mas divina para desenhar e brincar...e assim foi crescendo a ideia até virar fato.
Aqui vai a primeira.


Você lembra do jogo O Detetive?? Então....
No portão de Mória, ninguém sabe a palavra mágica...
Um tempão parados, esperando...
que tal um joguinho para distrair??

Jornada VII - Anna Dittmann (12-11-2012 15:30)

 

Jornada VII - Anna Dittmann

Pôxa, ela só tem 19 anos..nasceu em 1993, em Savannah, Georgia...e faz lindas ilustrações...

http://annadittmann.carbonmade.com/




vale a pena visitar o site da jovem pintora.











E aí a vida trás....Parte 1 (07-11-2012 15:30)

 

E aí a vida trás....Parte 1

Já que eu falei de morte, nada mais justo falar da vida, pois não existe m sem o outro.
Mas o que é vida?
Desde sempre o homem se pergunta o porquê da Vida, da Morte, da Existência, com áreas específicas da humanidade responsáveis pela resposta. Religião, Química, Física, Biologia...todos os campos de conhecimento procuram a resposta do enigma: porque vivemos? O que é Vida??

Deve haver uma resposta, simples, clara, e que contemple todas as formas de vida, sejam micro ou macro cósmicas, sem nenhum tipo de interferência ética ou moral. Não há vida que seja ruim, má, ou que não mereça estar ali. Não há vida certa ou errada.
Há vida. Só isso.
Só isso??
Não é assim tão simples, né??
O que é vida?
Por incrível que pareça, os cientistas ainda não conseguiram definir VIDA. 
Tradicionalmente, considera-se um ser vivo quando apresenta (pelo menos uma vez na sua existência):
1.crescimento, ou produção de novas células;
2.metabolismo, ou consumo, transformação e armazenamento de energia e massa;
3.movimento, interno ou movimento próprio;
4.reprodução, ou seja, gerar entidades semelhantes á si próprio (descendência modificada);
5.Resposta á estímulos, ou capacidade de avaliar o ambiente e agir em resposta á determinadas condições.

Pronto. Vida definida?? Nada disso...aliás, longe disso. Estes critérios não valem para todas as formas de vida. Fungos, vírus, bactérias...
Muitos organismos não se reproduzem, como as mulas e as formigas obreiras, no entanto, continuam vivos, certo??

Se toda a vida no nosso planeta Terra se baseia nos compostos de carbono, então toda a vida no Universo é assim feita?
Estrelas e fogo tem movimento próprio, reagem ao meio ambiente, tem metabolismo..mas não são seres vivos, certo??

Origem da vida?? consenso geral: não existe!
1.condições pré-bióticas, criando moléculas orgânicas;
2.fosfolipídios, formando a estrutura básica da membrana celular;
3.RNA, ribozimas que se replicam, em gases primordiais.

Isso já chega para definir vida, certo? Ainda não.
Muita falha...Um bom exemplo de falha é que o fogo entraria como ser vivente, na definição metabólica, e os cristais seriam vivos na definição termodinâmica, pois criam e mantêm a ordem local e podem se reproduzir.
Um automóvel, por exemplo, "come e metaboliza a gasolina, joga seus dejetos pelo escape. Respira oxigênio, expira gás carbônico, enquanto algumas bactérias vivem na ausência completa de oxigênio..Seria interessante classificar o fogo, os cristais e máquinas como seres vivos, ainda que inanimados (parece que o único ponto onde todos estão acordes é que a vida na Terra surgiu à partir de matéria inanimada, que, por meio de incessantes reações químicas, formaram moléculas, que formaram aminoácidos, que formaram proteínas, que formaram células.
Saímos de moléculas orgânicas (que contém carbono, oxigênio e nitrogênio) dissolvidas na água, nosso solvente que permitiu que estas reações químicas ocorressem.
Mas isso não quer dizer que TODA forma de vida no Universo tem que ser assim.
Isso quer dizer que a VIDA definida como nós conhecemos aqui no planeta Terra pode ter definição distinta em planetas onde a água não existe (deveria ter outro solvente no lugar, é claro) e onde as moléculas de vida não sejam exatamente formadas de carbono, e sim algum substituto, right??

Para achar vida em outra parte, temos que definir vida, senão, como saber o que procurar? Como comparar??
Ou seja, VIDA e MORTE ainda são artigo considerado indefinido.
Apenas sentimos a VIDA e a MORTE, cada ser vivo com suas próprias forças de julgamento.
Não há definição correta...ou errada. Sabemos que a VIDA é curta, passa rapidamente e, quando percebemos, estamos no fim. Sabemos a morte rompe um estado, definitivamente.
De resto...

O que é vida para você?
E Morte??


Por falar em morte, "Você não conhece Jack", sobre o Dr. Jack Kevorkian

E ai a morte leva.... (06-11-2012 11:45)

 

E ai a morte leva....

1980-2012
A vida não nos prepara para a morte.

Parece que este "departamento" da vida é deixado para trás, como se, escondido, ele sumisse... Quem sabe? Fazendo como as criancinhas que se escondem atrás das mãos, achando que, se não veem, não são vistas também.
Mas não é bem assim.
Nascemos e comemoramos a vida desde o primeiro alento.
Festas de aniversário.
Quando somos crianças e alguém morre, toda a dor é escondida. O ritual da separação é deixado para trás, e as crianças vão cedo para a cama, sabendo que algo aconteceu mas não sabem dizer bem o quê. A vovó foi viajar e não vai voltar mais. "-Como assim, não volta mais???". E a pergunta fica sem resposta, mesmo porque adultos também não sabem para onde vão os que morrem.

Isso deveria ser artigo religioso. E é..eu sei.
Mas nenhuma delas, seja qual for, resolveu mesmo o enigma da morte.
Para onde vamos ainda é uma questão de fé, um artigo que não se prova, apenas se sabe, se sente, se intui.

Alguns tem certeza que não vai dar em nada.
Outros sabem que vão para determinado lugar e pronto. Esperam.
Ainda existem os que acreditam que seus corpos, decompostos pelo tempo, serão ressuscitados e voltarão à vida.
Juízos, tribunais divinos, infernos, céus e virgens, tudo isso é questão de fé. Não se prova com meios "materiais", visíveis, nesta dimensão e para nossas mentes pequenas e ainda por evoluir.
(que digam nossos velhos, crianças e animais!)

Então, falar de morte significa falar de cada um de nós. Nossos medos, nossas crenças, nossa visão de futuro espiritual. Que me desculpem os que tem a certeza do que acontece depois da morte. Eu não tenho certeza de absolutamente nada.

Apenas uma quantidade enorme de emoções, subindo e descendo pela coluna, aumentando os batimentos cardíacos ou diminuindo de forma alarmante. Falar de morte é falar de saudades, de amor que fica e dói...é mexer com memórias e tudo o que este baú de recordações pode conter.

Falar de morte é falar de tudo o que sentimos em vida.
E eu senti só amor por ela.
Só verdades, ouvidas e ditas, que mexeram de forma a melhorar meu Ser.
Eu amava quem eu era ao lado dela.
Eu era feliz ao seu lado, com suas lágrimas e suas risadas.

Minha esperança é descobrir em mais alguém essa felicidade de ser e ter amiga assim.
Obrigada pela presença, ainda que breve em minha vida.

Saudades.

Unless (31-10-2012 13:48)

 

Unless...

"...unless there be a light beyond the dark roads that we still must tread, you and I"...



"No pé da colina Frodo encontrou Aragorn, parado e em silêncio como uma árvore, mas em sua mão estava uma pequena flor dourada de Elanor, e uma luz em seus olhos. Ele estava envolto em alguma memória justo, e como Frodo olhou para ele que sabia que ele viu as coisas como elas haviam sido neste mesmo lugar. Para os anos sombrios foram retirados do rosto de Aragorn, e parecia vestido de branco, um jovem senhor queda e justo, e ele falou palavras na língua élfica para alguém que Frodo não podia ver. Arwen vanimelda, Namarie!Ele disse, e então ele respirou, e retornando para fora do seu pensamento, ele olhou para Frodo e sorriu. `Aqui é o coração do Elvendom na terra", disse ele, 'e aqui o meu coração habita sempre, a menos que haja uma luz além das estradas escuras que ainda temos que trilhar, você e eu Venha comigo! ' E, tomando a mão de Frodo na sua, ele deixou a colina de Cerin Amroth e veio lá nunca mais como um homem vivo ".

Tekoa Virtual Guarani (25-10-2012 18:07)

 

Tekoa Virtual Guarani

Atualização em 05/10/2023 - O vídeo já não encontrei, mas o assunto ainda existe, os problemas também, e as soluções ainda não foram encontradas... tem alguém que pode ajudar?

Tem muito blog por aí comentando o vídeo denúncia da "Tekoa Virtual Guarani".
Foi apresentado na abertura do Fórum Social Mundial 2012, com a presença da presidente Dilma Roussef.
Um destes momentos monstruosos de nossa estória. E o Brasil não sabe. Não ouve. Não vê.


Educação neste país falta mesmo.
Conhecimento também
Ler um livro abre mesmo a mente..leva a pessoa para mundos nunca antes vistos, abre a cabeça da criatura acostumada com seu metro quadrado, mas precisa modificar a alma do ser, o depósito da ignorância gigantesca que "atravanca o pogresso", que não tem nada a ver com livros e educação.

Estes índios, minha pobre avó analfabeta, são pessoas inteligentes, cheias de conhecimento, e querem ser respeitados.

Quem faz as leis, quem dirige, geralmente fez faculdade, leu muitos livros, frequentou universidades e dá palestras para o estrangeiro, cobrando fortunas para que suas vozes sejam ouvidas.
Educação para o povo realmente é necessário.
Mas mudar uma nação começa sempre por nós mesmos.
Eu acredito na massa crítica, que, quando atingida, renova o velho.
Quanto mais gente souber, quanto mais gente se indignar, quanto mais movemos nossos traseiros, mais ajudamos a transformar o mundo em um lugar melhor.

Começar em nós mesmos é o único meio que eu conheço, com ou sem livros, de transformar verdadeiramente alguém ou alguma coisa.
Fazer o meu melhor, mudar meus hábitos, olhar o próximo com olhos de respeito e dignidade.

Lutar como Turin Turambar, com espadas, com a força e a guerra...não sei não...Lutar com livros já é bem melhor.

Mas se é verdade que o mal no mundo é a soma de todos os nossos males...se o mal reside em cada um de nós e em toda alma humana. ou seja: o mal que existe no mundo nada mais é do que a soma do mal que existe em todos os seres humanos... animais não fazem o mal, plantas não fazem o mal...vejo as cobras que picam e matam ...gente, elas estão sendo cobras...se atacadas, molestadas, elas picam e matam..mas isso não é o mal.
O mal é um cara chegar na terra do índio, por exemplo, molestar velhos, mulheres e crianças, torturar e ofender mortalmente a criatura à ponto de deixar o suicídio como único caminho honrado. Isso é mal.
E se o mal que existe em mim se junta à todos os outros, acredito que, transformando a EU mesma eu consigo fazer algo. Massa crítica atingida, o mundo começa a se transformar...mas para atingir a massa crítica, é só assim: um a um.

Saber faz toda a diferença. Ignorar é que não podemos mais.

Ziegfeld follies em 2012 (19-10-2012 09:13)

 

Ziegfeld follies em 2012

Quando eu era pequena, beeeem pequena, eu vi na televisão um filme colorido por computador....era uma novidade, renovando as películas de filmes antigos, preto-e-branco que, na era da cor, não eram mais vistos. Todo mundo queria ver filme colorido.
Sentei na frente da televisão, e esqueci do mundo. Entrei naquela hora em um teatro, cheio de véus, um cenário rico em colorido (por computador), mulheres lindas, quase iguais, vestidas com roupas diáfanas, longas pernas molduradas por sapatos de altos saltos...tudo brilhava muito e a música fazia com que elas, as mulheres, cantassem e se mexessem pelo palco, em rodopios sincronizados.... tudo tão lindo...elas...o teatro, a música....tudo!!
Hoje eu sei que aquelas moças existiram de verdade, na Companhia de Flo Ziegfeld.
Peggy Hopkins Joyce

Hoje eu sei que um bom número de atrizes famosas na época saíram do palco dançante para as grandes telas de cinema.
Barbara Stanwyck

Hoje eu sei que elas enfrentaram todo tipo de preconceito social, moral...
Julanne Johnston

Mas, naquele dia, eu sabia que elas eram divinas, eu tinha certeza de que eu gostaria de ser uma delas.
Doris Eaton Travis

No fundo, acho que toda mulher tem um pouco de follies girls, ou pelo menos gostaria de ter, deveria ter...
Anne Lee Patterson


Mulheres, mulheres..
Neste site CENTENÁRIO edição limitada de cópias 1907-2007 - 100 Anos de as Ziegfeld Follies tem imagens que foram trabalhadas com modernas técnicas, melhorando as imagens em muito.

Atualização em 05/10/2023: o link ainda vale a pena visitar!!

Mas não importa, né?? Seja em 1900 ou 2000, mulheres brilham...

Feira da Liberdade I (13-10-2012 16:22)

 

Feira da Liberdade I

Eu escrevo no blog de forma "meio" aleatória, esquecendo se o assunto já foi contado ou não.
De qualquer jeito o fato ocorreu, não importa de que forma venha. Se já foi contado, sei que foi muito parecido com o que esta abaixo... ;D

Eu pintava quadros, dava aulas de pintura e durante algum tempo minha vontade era de expor minhas obras nas calçadas, como qualquer bom artista que se preze.
Eu queria estar nas praças, levanto arte, a minha interpretação de arte, para o povo. Queria contato, ver o rosto das pessoas entrando nas telas, conhecer novas pessoas, outros pintores, artistas de rua...cores.
 

 Me inscrevi para ser um dos primeiros artistas para expor telas na praça da Liberdade, que era só para comida e artigos orientais. A prefeitura estava expandindo o alcance da praça, convidando artistas para exporem seus trabalhos nas imediações.

Depois de alguns meses, já havia até esquecido do fato, quando recebo um comunicado da prefeitura dizendo das condições para expor meus trabalhos na praça, definindo o padrão de listras vermelhas que eu deveria adotar no toldo de minha barraca, quais as condições de segurança (lembro que minha parte era pagar R$10,00 aos seguranças da praça para que passassem algumas vezes por domingo no quarteirão onde nós estávamos). Meu coração veio parar na garganta. Me armei dos documentos, dos R$ 10,00 levantei cedíssimo, pois a praça deveria estar pronta antes das 7 da manhã e fui para a realização de um sonho. Iria expor minhas obras na calçada de uma praça. Eu não podia me conter de felicidade.

Durante meses eu fiz a mesma rotina, todos os domingos. Acordava bem cedo, saía disparada com o carro (uma brasília branca, 'quase" nova, "quase" silenciosa, "quase" limpa), já carregado na noite anterior com telas, telinhas e telonas, com pequenos artigos com telas minúsculas pintadas com esforço de mãos e olhos. Estacionava longe da praça, pois os flanelinhas que "trabalham" lá ODEIAM quando os "artistas" estacionam os carros, "roubando" vagas que ficarão "ocupadas" o dia todo, sem render grana para eles. Afinal, eles ganham toda vez que saí um cliente e entra outro. Para evitar que aparecesse outro risco na lataria já gasta da brasília, estacionava longe, não tão longe que me causasse desconforto, nem tão perto que "desconfortasse" os tais flanelinhas..

Punha minhas peças e toldo num pequeno carrinho de mulambeiros, (sabe?? Descobri à duras penas que são os melhores para carregar pacotes desengonçados, em distâncias pequenas, e que possam ou não pesar mais do que conseguimos carregar nas mãos ou nas costas) e lá ia eu, alegre, levando o fruto do meu trabalho para o local de maior contato entre criador/criatura e o outro, aquele que contempla, que observa e participa da obra: a praça.

Vestido, pois a época era de calor insuportável, como descobri logo, e filtro solar, porque mesmo debaixo do toldo, a vida se esvai em calor e chamas, que sobem do asfalto e descem do céu, em forma de raios quentes e radiações de todo tipo. Mesmo sendo desconfortável, eu precisava ir de vestido. O calor era mesmo de lascar. Pensava em Lawrence das Arábias nos momentos mais quentes do dia, quando o calor que sobe desfaz a paisagem, criando impressões de movimentos e ondulações nas pessoas e coisas. Ria sozinha, vivendo aquilo tudo com a mesma emoção que o tenente inglês viveu nas areias de Damasco. Com vestido eu não poderia me sentar no chão sujo e rústico da praça, mas teria que sentar em ridículas cadeiras de Camping  onde mais se equilibra do que senta, tentando fingir conforto e segurança num objeto pequeno e titubeante no chão pouco liso e cheio de alterações de altura e textura.

Fiz amigos estranhos, como tem que ser as pessoas que frequentam este meio. Somos todos muito estranhos, não só no vestir, mas principalmente no agir. Diferentes.

Conheci um mágico, que nos domingos expunha lindos quadros infantis. Me deu seu cartão assim que me apresentei, e logo ficamos amigos. Me ajudou com a barraca (-Como se monta isso, sr mágico?) e começou a falar sobre a praça e seus frequentadores. Contou-me que havia chegado na praça fazia uns 4 meses, e que havia sido chamada para cobrir as desistências desta primeira leva.
-Foram muitos??
-Humm.... alguns!! - e me deu uma olhada marota - "-Aqui não é fácil, menina.... tem que ser louco!!".

Quando o sol se punha, pegava meus quadros (os que eu não havia vendido) já guardadinhos no tal carrinho de muambeiro, minhas sacolas (garrafas de água vazias, meu lixo, como restos de papéis e lencinhos umedecidos, um pote plástico com restos de algum lanche ou doce...lenços de papel, e é claro, um rolo de papel higiênico, disputado aos tapas quando o assunto é banheiro público) meus óculos escuros, minha pochete com trocos e cheques, moedas e balinhas de goma e lá ia eu, ás vezes acompanhada de alguém, conversando sobre alguma peça de arte, algum acontecimento do dia (e estes acontecimentos eram muitos...e todos os domingos...), algum comentário de um transeunte, uma festa ou uma cerveja.

Os domingos seguiram assim durante um bom tempo.
Aos poucos vou contando (até para eu mesma ler) tudo o que passei.
Vai ser divertido lembrar daquilo tudo.

PDF da Revista Pandim JUL/2012 (12-10-2012 17:33)

 

PDF da Revista Pandim JUL/2012

Visitando a net por aí me deparei com este site super legal, super alternativo, super moderno, super ecológico, com criações baratas, positivas para as pessoas envolvidas, tanto financeira como moralmente (afinal, todos nós, sem exceção, temos a obrigação moral de cuidarmos de nosso planeta, nossa casa azul), positivas para o planeta, para todo mundo.

http://moradadafloresta.org.br/PDFs_para_download/Revista_Pandin_pag%2028_31_por_um_planeta_melhor.pdf

neste link você encontra o PDF da Revista Pandin - "Por um planeta melhor".
Atualização: 05-10-2023 - Esse link já não existe mais, MAS o site evoluiu, tem muitas opções e continua lidando com o assunto de forma clara e eficiente. Continua valendo a pen\ visitar.

Vale a pena dar uma olhada.
O site legal? http://www.moradadafloresta.org.br


Passa lá!!
Consciência dói, mas faz um bem incrível dar ouvidos à ela....
 

Jornada VI - André Martins de Barros ( 12-10-2012 07:53)

 

Jornada VI - André Martins de Barros

Espanhol.
Nasceu perto da fronteira, e começa  a pintar com 15 anos.
Paris. Onde tem seu estúdio, perto do Molin Rouge, e pinta seus incríveis quadros surrealistas.

Vale a pena fazer essa viagem.
Vale muuuuuito a pena.

 

 André Martins de Barros | Pixography

 André Martins De Barros, 1942 | Fantastic Realism painter | Escultura de  libro, Arte de la ilusión óptica, Esculturas de arte

          Pin on Reflexões ️️

Urna na roça, o doberman minúsculo e as voltas que o rio dá... (08-10-2012 19:12)

 

Urna na roça, o dobermann minúsculo e as voltas que o rio dá...

E na roça vai-se ás urnas votar naqueles em quem acreditamos para legislar por nós.
O que eu vi foi muita sujeira na rua.
Vi gente mal vestida, mal calçada, vi gente bonita e feia.
Vi muito animal magro, ferido, faminto e perdido na rua.
Vi o bar lotado de caipira pinguço, de peito de fora, chapéu de Cowboy na cabeça ignorante, "beudos" com cachaça de última, baratinha e cruel, fazendo que os estalos de língua sejam ouvidos do outro lado da rua.
Vi turistas, de chapéu na cabeça, óculos escuros, shorts ou bermuda, andando de mãos dadas, com família,

Vi cachorrinho pequenino correndo solto na estrada. Este eu até parei o carro, fechei o trânsito na estrada. O cachorrinho corria como louco, não se vendo as pernas finas e rápidas. Corisco canino, e os carros iam parando...a fila ia aumentando, aumentando, até que deu volta na curva, lá trás. Todo mundo me vendo correr pela estrada, atrás do pequeno que se escondeu como rato no meio do mato. O ônibus que estava na frente seguiu com o cortejo atrás,e era carro que não parava mais. Eu, vermelha, ofegante, recebia os elogios dos amigos motoristas. rs

Mico a parte, eu ainda penso naquele cachorrinho perdido, ali na mata, com fome talvez. Tinha coleira prateada, com dentes, lembrando um dobermann minúsculo e assustado. Que pena.

Não sei se tem candidato decente. Se tem, eu não conheço. Justifiquei, já que meu título é de outra cidade. Abracei São Chico como morada provisória, até o rio me levar para outra curva...

Por que escrevo? (28-09-2012 12:14)

 

Por que escrevo?

Escrevo como quem fuma escondido dos pais.
Sempre gostei desta sensação.
Por isso, escrever de noite, nas madrugadas insones..muitas.

Escrevo como quem tem um segredo, destes que podem modifcar o mundo.
Sempre gostei desta sensação.
Por isso, o poder que tenho ao dedilhar as teclas do computador.

Escrevo como quem não tem dono, nem regras a seguir.
Sempre gostei desta sensação.
Não viver na temporalidade, nem com restrições e regras.

Isso me inebria.
Me transforma, me completa, desenvolve em mim capacidades que eu não sabia que tinha.

Misturo ficção e realidade.
Não tenho mais o limite definido. Libertei-me.

Inebriante sensação de voar.


 

Os Sete pilares da sabedoria e outros escritos (17-09-2012 16:44)

 

Os Sete pilares da sabedoria e outros escritos

Hoje fui fazer uma limpeza em parte de meu armário. Aquelas coisas importantes para deixar minha vida mais leve, mais gostosa de caminhar: menos roupas, menos tranqueiras uteis que não são usadas (então não estão na "plenitude de suas forças"), papeis velhos lidos pela enésima vez e, por fim, jogados fora. Alguns acabam sendo copiados (estavam velhos, manchados ou presos em algo que vai pro lixo já já).

Vou escrever aqui algumas destas frases, tiradas do livro Os sete pilares da Sabedoria, de T.E. Lawrence. Simplesmente perturbador ler sobre cultura tão diferente da minha.
Gente, que livro incrível escrito por esta figura não mais crível: Lawrence da Arábia, famoso tenente da Rainha, em missão na arábia, um participante ativo e fundamental no nascimento do que hoje se conhece dos Países Árabes.

"Sofrer por outro na simplicidade, proporcionava uma sensação de grandeza. A redenção sincera devia ser espontânea e infantil. Quando o "expiador" estava consciente de 2ªs intenções e da glória posterior do seu ato, ambas as coisas se desperdiçavam".

"O homem podia se elevar à qq altura, mas havia um nível animal abaixo do qual ele não podia cair".

"Sentimentos e ilusões estavam sempre em guerra dentro de mim. A razão era forte o bastante para vencer, mas não suficientemente forte para aniquilar o vencido ou se abster de gostar ainda mais dele".

"Eles falavam de comida e doenças, diversões e prazeres, logo comigo, que achava que reconhecer a posse de nossos corpos já era degradação suficiente, sem que fosse preciso ampliá-la com suas falhas e atributos".

"Para o homem racional, as guerras de nacionalidade eram tão fraudulentas quanto as guerras religiosas, pois não valia a pena lutar por qualquer coisa; a própria luta, o ato de lutar, também não se expressava qualquer virtude intrínseca."

De outros escritos, infelizmente anônimos, cito:

"O Corpo,

É escrínio divino gerado para conter, no espaço e no tempo, tesouros de luz, que os séculos foram trazendo à Essência Divina;

É parte visível e palpável de outro ser, bem maior e mais sábio, que utiliza essa parte material para crescer;

É o limite, a fronteira entre meu ser e o próximo, mostrando até onde eu posso ir e até onde posso deixar que os outros cheguem;

É o templo onde não consigo aprisionar Deus, onde meu Espírito se manifesta e mergulha no mundo das formas;

Por fim, será a casca de divino fruto, que rompida, projetará a Essência, para continuar uma jornada que não tem fim, crescendo no seio do Próprio Criador."

Coleção primavera/verão na roça (17-09-2012 09:34)

 

Coleção primavera/verão na roça

Aqui na roça dormir e acordar é algo feito com milhares de outros seres que, invisíveis ou não, estão em toda parte.
A rotina, para mim, é deitar na cama, depois de um longo dia (quente, diga-se de passagem!!), e ouvir o "silêncio" da noite... Mas morcegos, pássaros noturnos (tem vários aqui por perto) e outros seres das matas me chamam a atenção, e eu acabo dormindo nesta busca pelos sons, passado muuuuto tempo depois de deitar na tal cama...

Morcegos andando no forro, juntamente com várias espécies de pássaros, saindo quando a noite chega. Dá para saber em qual telha estão. Não se importam com o barulho que fazem, mas reconheço que suas casas devem ser mais limpas que a de meu vizinho que cria porcos, lá no vale, pois os cocôs estão por toda parte no chão aqui de casa. Afora isso, não atrapalham em nada. Com seu sonar eficiente, passam a dar um show de manobras arriscadas entre árvores e pessoas.

Os pássaros que vivem no telhado são mais barulhentos... o ninho do lado de fora do escritório está bombando, e eu sei que, daqui a pouco, terei que colocar um veneninho básico nas paredes, evitando assim aquela onda de carrapatos descendo do ninho até quase direto meus pés, sabe??? Estão nidificando, multiplicando-se, e até aí, tudo bem.... daqui a pouco ensinam seu(s) filhote(s) a voar(em). Apesar do tamanho, estes pequenos seres alados tem grande valentia. Dão vôos rasantes em cabeças desavisadas, levando fios de cabelo e provocando um estalo no ouvido. Gosto de andar com desavisados urbanóides pela lateral da casa, onde o bombardeio é maior...

Tudo bem...sacanagem né??

Tem pássaros diurnos (e noturnos) aparecendo de montão, e os observadores estão em alvoroça. Com a maior preservação do meio-ambiente, os alados estão voltando.

Tem lobo guará com filhote na serra, tem jaguatirica nervosa (deve ter filhote também), tem ariranha (já comeu o galo do meu vizinho no final de semana. Na verdade, comeu a galinha no sábado. O galo foi no domingo), tem muriqui (este eu nunca vi, mas já apareceu um, que ficou na torre da igreja, olhando para o povo na praça que se espantava do tamanho do bicho)...tem bicho gente, que chega de toda parte.

Tem a Cris, que é cantora, cantora boa, de verdade. Perdeu tudo na virada da vida. Tá morando num casebre lá no bairro dos Ferreira, feliz. Arrumou casa, móveis os amigos estão dando. E ela senta, quase á moda da roça, acende seu pito e diz: "-Já vivi muito nesta vida e ainda vou viver muitas mais...". Conta seus causos, conta o porquê de lá estar, entre um canto e outro. Vai pintar e viver feliz, pois já conheceu o Silvio, que faz letra pra música...e vive só na casinha ao lado do rio, onde toma banho pelado quase todo dia. Silvio agora está trabalhando pro "Cézinha", que quer ser vereador aqui pra "ajudar os amigos da roça".

Tem a Índia, que está morrendo com AIDS. Minha amiga está indo embora, e eu sei que a Natureza vai ficar mais pobre quando ela se for.

Tem a Lelê, que com a vinda da Cris, sofre de ciúmes, pois o marido, Bambuíra, toca violão e faz música de montão com a nova vizinha. Fica brava, pelos cantos, catando roupas dos filhos, que largam tudo pela casa.

Tem a Rebeca e o Marcus, que acordaram de manhã com uma gata nova dentro de casa. Entrou por alguma coisa aberta, porque aqui na roça é assim: algo sempre fica aberto para bichos entrarem , mesmo que você feche tudo antes. Entende? E a gata deu 4 filhotinhos semana passada. Fui ver os rebentos, poucas horas depois do parto. Lindos. Marcus e Rebeca vão morar na própria terra. Vão viver na roça de verdade.

Tem o Humberto, que voltou de férias. Foi ganhar a vida no nordeste. Já conheceu a Cris, que já conheceu o Humberto. Sacou??

Tem a Zê, que acorda 8 da manhã e vai fazer budas para o templo ser construído. Só lembra de comer quando a noite chega. A médica me chamou e disse "-Você tem que fazer sua amiga comer!!! Ela está magérrima e com um buraco no estômago". "Putz, pensei eu, fazer a Zê comer vai ser duro!!". Dei bronca.... falei firme....perguntei se tinha entendido. Tudo certo. Ela entendeu. Mas eu sei, lá no fundo, que não comeu ainda do jeito certo.

Tem o Armando, que separou da Sandra, por causa de bobeira. Sofre demais. Não sorri e anda mole pelas ruas. Ela, ao contrário, remoçou. Deu pena de ver o amigo assim murcho. Mas vai reviver logo, logo!!

Tanta gente...
Gente de toda cor e dor,
de todo tamanho e altura,
de todo jeito!!
Nem sempre em convivência pacífica...mas ali, na mesma onda que a vida dá.
E esta primavera, que nem começou, promete muita estória....

Buzinaço do Feriadão de Nossa Senhora Aparecida de 2013 (22/10/2013 15:59 terça-feira)

Podia ser capa de revista importante. Daquelas que tem duplo sentido, ás vezes três ou mais. É, porque teve buzinaço. Uma fila de ca...